
Não acredito no horizonte
Sei que tem algo mais adiante
Fingindo-se de distante
Não acredito no horizonte
Sei que tem algo mais adiante
Fingindo-se de distante
Por lançar palavras contra a correnteza
E enxergar beleza na ponta da lança
Um passo à frente, um mundo adiante
Olho para trás
Há um pedaço de passado
escondido entre as montanhas
Chamam de civilização
Olho para os lados
Há construções de pedra
separando povo e divindades
Chamam de religião
Olho para dentro
Há um sentimento vasto
entrançado em fascínio e desengano
Chamo de revelação
E enfim olho para a frente
Há uma névoa ocultando um caminho
bifurcado entre o legado e a esperança
Chamo de decisão
Um grão de areia no deserto.
Uma gota exposta ao sol.
Se o infinito é um segundo,
Pinto e invento um novo mundo.