Canção folk

Canção folk_P2

Sou como uma canção folk. Simples e desnudo, me exponho a quem quiser me enxergar. Tenho meu coração estatelado no chão, transeuntes no celular. Meus dedos beliscam as cordas na tentativa de te acordar. Meus acordes ninguém escuta, mas eles seguem a cantar. Capturo o sol, vou de ré, que dó que dá. Meu si é sempre menor, minha canção eu sei de cor. Levo nas costas o violão, à espera de um trem que talvez nem venha me buscar. Passo no rádio da senhora, não no streaming do rapaz. Estou refletido nos teus óculos, ricocheteando no teu olhar. Os tempos são outros. Os outros, nem aí. Um dia, eu fui. Hoje, eu vou.

Se perdeste o trem onde eu estou, nosso momento já passou.
Lá de longe, eu sigo reto. Novo show.

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