por Cassiano Rodka
Entra no palco e brotam as palmas
Sobe na ponta e desponta em cores
Desce na planta do pé e aflora
Chuta pra longe os conservadores
Cospe na cara dos bons costumes
O seu concerto é desconcertante
Abre seus braços e redemoinha
Cria uma beleza deveras ousada
Ouve-se nas fileiras: “Que depravada!”
Do lundum ao arabesque
Do grand jeté à umbigada
Quem nasce do caos não é bem falada
E quem fala demais não sabe de nada