por Cassiano Rodka
Adão gritava com seu filho da mesma maneira que seu pai fazia com sua mãe que descontava no moço da fruteira que brigava com a esposa que batia na filha que agredia a coleguinha da escola que berrava com a vó que reclamava do barulho do vizinho que culpava a namorada que o traía com o chefe que reclamava do atraso do escritor que se questionou se de fato era tão impossível assim dar um fim àquele telefone sem fio… O pensamento interrompeu a conexão como uma linha cruzada. Pôs-se a colher um punhado de margaridas que foram entregues à Esperança, que não tinha nada a ver com essa história até aquele preciso momento.