À vó Zenyra
Sempre começa pelo sorriso. Quando ouço o nome dela, é aquela gargalhada sonora que eu escuto. Das gavetas da memória, é esta imagem que eu inevitavelmente por primeiro encontro: um rosto sorridente que distribui – sem que a gente sequer perceba – uma alegria contagiante. Sempre foi assim e agora não será diferente. Uma risada que se faz presente, mesmo que distante, que ecoa até em pensamento. Um bom humor latente que enche de cores as mais diversas e inesquecíveis histórias. Páginas e mais páginas de momentos que ela viveu e passou adiante. Histórias que cada um de nós guarda em uma estante dentro da gente. Todas começam de maneira diferente, mas terminam com um mesmo rompante: um sorriso. Sonoro, confortável, persistente. Uma risada tão alta e contagiante, que cala qualquer tantinho de tristeza nascente.