por Cassiano Rodka
Foge enquanto pode.
Vai pra longe do meu silêncio incômodo.
E te afasta da minha prece bêbada.
Escapa do meu coração paterno
e desses dedos no teu cabelo.
Foge da minha jaula aberta.
Te safa de ser mais uma musa
antes que as minhas palavras
te contornem a silhueta.
Ninguém quer um Machado de Assis de skate
ou um Tom Jobim sem calças.
Foge que ainda é tempo.