por Cassiano Rodka
Me cansa o calendário.
Amontoado de compromissos mascarados.
Em pele de dias, semanas e meses, prefiguram-se.
Em números repetidos, espalham-se na quina da mesa.
E me observam e riem baixinho,
zombando da minha tamanha
perda de tempo.
Mas há de chegar o dia
em que o dia não mais importa.
E a folha arrancada amassada na lixeira
será já foi e quiçá
quem sabe?