por Cassiano Rodka
O escritor sem a musa entra em desuso. Fica confuso. E sua escrita, um tanto obtusa. Com a musa, ele é profuso. Usa e abusa do sentido. Mas quando ela se recusa, ele entra em parafuso. E cai da cama, perde o fuso. Mas quando ela tira a blusa, ele ama e ele acusa. Escritor efuso. Faz da musa seu texto concluso. Um intruso da alma, um poeta recluso.
Ó, escuso criador deste mundo, ouça essa prece difusa e traga ao escritor uma musa que cale uma ópera de Caruso.