
Olhei tanto para o relógio que aprendi a coreografia dos ponteiros. Sei cada movimento de cor: o frenético balé da mudança dos segundos, a lenta transformação do primeiro minuto em último, os ângulos perfeitos das horas quebradas. Dou corda no relógio e ele dá vida a mim. Danço conforme o ritmo. E a música que ouço sussurra tique taque tique taque tique taque…