por Cassiano Rodka
Correu tanto o menino, que não viu o tempo passando.
E numa fração de segundo, encontrou-se parado frente a um copo cheio de dados.
Chacoalhou, chacoalhou o recipiente de couro enquanto os possíveis resultados lhe inundavam a mente.
Qual seria o número da vez e que sorte de momentos o traria?
Enquanto lhe vinham as doces lembranças de 7,
desencaixotavam-se as descobertas de 13
e brilhavam as noites de 23,
os dados cochichavam
baixinho.
Na mente,
os números cuspiam memórias.
Nas manchas, histórias.
Os dados estão no ar. Que número vai dar?
Dado no pires, reflexo na íris.
Numerologia ou matemática,
O importante é pôr em prática.
Com firmeza no pé direito,
ascendeu.