
Não era fake nem nada
Era um maluco de pedra
Com conta verificada
Não era fake nem nada
Era um maluco de pedra
Com conta verificada
Mantenho os pés constantemente na estrada.
Cabeça erguida e olhos em frente.
Troco o luto pela luta.
Sigo e sigo continuamente adiante.
Se os pés cansam, voo.
Por entre as nuvens, avanço.
Vou até a aventura, não espero ela chegar até mim.
Prolongo os minutos das minhas derradeiras 24 horas.
E danço, sempre – com ou sem música.
Mesmo que porventura eu seja a última de nós.
à Annie Wersching
Sem voz,
pedi um microfone.
Sem olhos,
arrumei a partitura.
Sem dedos,
sentei-me ao piano.
Sem mãos,
regi a orquestra.
Sem entender,
todos me aplaudiram.
É como o último livro a preencher uma estante. De repente, olhamos para ela e a percebemos completa. Cada um dos exemplares enfileirados como se fossem palavras escolhidas a dedo para compor um poema. Tudo no seu devido lugar. O sentimento é gigante. É uma satisfação cachalote que nos enche de esperança. A possibilidade de ter cada uma daquelas páginas lidas – não por um, mas por todos nós. As traças vão aparecer novamente – não se engane. Mas eu (e você) vamos esmagar uma a uma, espanar o pó com gosto e admirar (hoje e sempre) aquela estante completinha.
É como o último livro a preencher uma estante. De repente, olhamos para ela e a percebemos completa. Cada um dos exemplares enfileirados como se fossem palavras escolhidas a dedo para compor um poema. Tudo no seu devido lugar. O sentimento é gigante. É uma satisfação cachalote que nos enche de esperança. A possibilidade de ter cada uma daquelas páginas lidas – não por um, mas por todos nós. As traças vão aparecer novamente – não se engane. Mas eu (e você) vamos esmagar uma a uma, espanar o pó com gosto e admirar (hoje e sempre) aquela estante completinha.
É como um berro que desagasta a voz.
As palavras vão ficando magrinhas,
quebradas, inaudíveis.
A camisa não cabe mais,
o sorriso não abre mais,
eu espero que acabe, mas…
Uma espiadela para trás.
Um carinho no talvez.
E bye bye!
É o capítulo final.
Um salto mortal.
A batata tá sem sal.
Um presente perfeito
para o eu do passado.
Obrigado!
Mas vai
Que essa era
já era.
Não acredito no horizonte
Sei que tem algo mais adiante
Fingindo-se de distante
Por lançar palavras contra a correnteza
E enxergar beleza na ponta da lança
Um passo à frente, um mundo adiante
Olho para trás
Há um pedaço de passado
escondido entre as montanhas
Chamam de civilização
Olho para os lados
Há construções de pedra
separando povo e divindades
Chamam de religião
Olho para dentro
Há um sentimento vasto
entrançado em fascínio e desengano
Chamo de revelação
E enfim olho para a frente
Há uma névoa ocultando um caminho
bifurcado entre o legado e a esperança
Chamo de decisão
Um grão de areia no deserto.
Uma gota exposta ao sol.
Se o infinito é um segundo,
Pinto e invento um novo mundo.